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Olá meu nome é Natanael Basile, sou conhecido como Azamura, na minha vida nós temos de tudo um pouco, e gostaria de passar para vocês, sejam bem-vindos à minha vida!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Um sonho de guerreiro

         Menos de 2 segundos após ter aberto os olhos e já sentia a gota de suor descer-lhe à testa, fria e desconcertante.
         O pequeno Gabriel, de apenas 9 anos, sentia a dor de ter medo, sentia o coração pulsante querer saltar pela boca. O medo corroía-lhe internamente.
         Gabriel, após ter acordado, via-se encolhido e deitado em algum lugar donde não lembrava de como havia feito para chegar, por mais que forçasse a memória sua mente não o ajudara.
         Tentou então reparar no local onde estava. Viu que era noite, pois estava muito escuro, e percebeu que não podia ver muita coisa por conta da escuridão. Sentiu-se só e com mais medo.
         Então fechou os olhos, o medo subiu-lhe a cabeça, e ele começou a rezar, sentiu algo repousar sobre sua cabeça, ainda de olhos fechados pôs-se a tentar adivinhar o que era, já que com o medo que estava nem sonhava em abrir os olhos.
Pensou:
- Pode ser uma ave gigante querendo comer meus olhos!!... não, se fosse já teria começado a me comer.     Ah então é a mão de gigante que quer me comer como no livro que minha mãe leu para mim. - A mãe de Gabriel, Srª. Gilda, sempre lia histórias para seu ele, tais como esse que seria o "João e o pé de feijão". Seu outro filho o Pedro, já mais velho, preferia ler por conta própria.
         Pedro sempre dizia que era coisa de criancinha ficar ouvindo a mãe contar histórias, porém ele não conseguia dormir sem uma boa história, e nem dormia sozinho, tinha muito medo do escuro.
         Enquanto Gabriel imaginava o que seria aquela coisa que pairava sobre sua cabeça, sentiu-se quentinho, meio aconchegante, pena que ele estava úmido, - deve ser suor, é quente debaixo da mão de um gigante - pensava ele.
         Decidiu então, após muito enrolar, abrir os olhos. Ao abrir-los viu que estava amanhecendo e dava para ouvir alguns sons ao fundo, longínquos e meio distorcidos, mas dava para ouvir-los. Pensou:
         - Ah finalmente, aqui existe civilização! Alguém poderá me ajudar com esse gigante!
         Mas ao pensar nisso ficou com vergonha de ter que pedir ajuda, logo ele um guerreiro que vencia todas as batalhas, que ja havia vencido mil dragões com apenas um braço - lembro-vos que este é um menino de 9 anos, e que sua imaginação está no ponto mais fértil.
         - Não irei pedir ajuda! Vencerei-o eu mesmo, sozinho, sem ajuda de ninguém. Tenho tudo que eu preciso para vence-lo, so me falta a coragem...
         Percebendo que não tinha mais como ficar assim pensou em gritar por ajuda, em tentar correr, "mais um gigante é bem maior que eu" Pensava ele, "como poderei correr de pernas tão grandes com essas minhas pernas pequenas?"
         Sem ter como fugir de seu destino, Gabriel levantou um de seus braços, não percebeu, mais os barulhos que antes estavam longe agora aproximavam-se, e muito rapidamente, num movimento brusco e rápido jogou o braço do gigante para longe, e sentindo o gosto da vitória ouviu todos os sons se misturarem numa única voz:
         - Filho, o que você está fazendo com o braço do seu irmão? Espera... que cheiro é esse? Não acredito que você fez xixi na cama de novo! Vamos, levanta e vai trocar de roupa, vou lavar isso aqui. Biel se tem que fazer xixi antes de ir dormir, mamãe já não te ensinou?
         - Desculpe mãe, mais é que eu fiquei com frio!
         - Ah - a mãe gargalha - e o xixi é para esquentar?
         - É!
         - Pena que seu irmão tenha ficado quentinho também né? Deixa ele acordar para ver como ele vai ficar com raiva. - Ela ria como se ouvisse a melhor piada do ano.
         Acho que depois dessa o Pedro vai preferir dormir no chão!

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